domingo, 18 de setembro de 2011

Como funciona o E Ink

A tinta eletrônica (Electronic Ink) foi a principal tecnologia responsável pelo sucesso dos ereaders e, consequentemente, dos livros digitais. O motivo de tanto sucesso é sua principal característica, que possibilita a exibição de imagens sem a necessidade de emitir de luz.

Comparação entre a leitura sob a luz do sol em
um ereader Kindle e um tablet com tela de LCD.
Copyright: amazon.com
Enquanto as telas convencionais da maioria dos dispositivos eletrônicos atuais, como smartphones, tablets e monitores de vídeo funcionam à partir da emissão de luz. O LCD, uma das tecnologias mais comuns na construção de telas nos dias atuais, é composta por milhões de micro-leds que, juntos, formam a imagem. O problema é que o led nada mais é que um tipo de lâmpada (na verdade, um diodo emissor de luz) e por mais que possuam brilho de baixa intensidade, olhar para uma tela LCD por muito tempo termina por irritar os olhos.

Segundo o eink.com, o E Ink por sua vez é constituído por milhões de micro-cápsulas com o diâmetro de um fio de cabelo humano. Cada cápsula é positivamente carregadas com partículas brancas e negativamente carregadas com partículas pretas suspensas em um fluído claro. Quando um campo elétrico positivo ou negativo é aplicado, partículas de cor correspondentes movem-se para cima, tornando-se visíveis e assim formando as imagens em tela.
Partículas de tinta E Ink.
Copyright: eink.com
Enquanto o LCD emite luz, o E Ink, assim como o próprio papel, reflete a luz do ambiente para formar as imagens.

O E Ink consume energia para mover as partículas brancas e pretas. Contudo, não é necessário consumir eletricidade para manter as partículas na posição desejada. Em outras palavras, uma tela de E Ink só consome energia durante a troca de contexto. Considerando um ereader, só será necessário gastar a tão preciosa carga da bateria durante as trocas de página. Sendo assim, tanto a Amazon quanto a Barnes & Noble afirmam que seus ereaders podem ficar até 2 meses sem precisar recarregar as baterias.

O problema do E Ink é a sua baixa taxa de transição. Enquanto o LCD consegue taxas que vão além da percepção do olho humano, por isso que temos a ilusão de enxergar formas em movimentos, quando na verdade o que ocorre é uma sucessão de "fotos" sendo exibidas uma após a outra; o E Ink não ainda não consegui funcionar a tão altas taxas de transição de maneira que é possível enxergar cada mudança de contexto. Para utilização na leitura (que é o caso dos ereaders) isto, definitivamente, não implica em problema algum. Porém esta limitação impede que o E Ink seja utilizado para a exibição de vídeos e etc.

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